Top 10 – Woody Allen
10. Um Assaltante Bem Trapalhão (Take the Money and Run, 1969, EUA)
Primeiro filme dirigido apenas por Woody Allen, neste já é possível ver o humor ácido e nonsense do cineasta novaiorquino. Feito na forma inovadora de um falso documentário sobre um criminoso fracassado, o filme é pontuado do início ao fim por piadas absurdas que se hoje ainda chamam a atenção, na época provocaram um novo olhar sobre o cinema. Se ainda não mostra um roteiro conciso, a obra ao menos já demonstra a capacidade do jovem diretor de traduzir para a tela seus números de humor que faziam sucesso nos palcos.
9. Zelig (1983, EUA)
Também feito no formato de um falso documentário, o filme vai mais a fundo neste gênero para contar a história de um homem que conseguia adquirir a aparência e a personalidade de quem estivesse por perto. O longa é considerado por muitos como uma inspiração para Forrest Gump, já que também mostra o personagem em momentos históricos. A edição faz uma colagem de entrevistas com figuras reais, vídeos históricos e encenações, de forma que torna verossímeis as mais absurdas situações.
8. Poucas e Boas (Sweet and Lowdown, 1999, EUA)
Para contar a história de um grande guitarrista dos anos 20, Woody Allen recorreu novamente ao falso documentário, mas desta vez dando muito mais ênfase para a encenação. Estrelado por Sean Penn, o longa passeia pelo mundo do jazz, na maior homenagem que o diretor prestou ao gênero musical que tanto idolatra. Talvez por não acreditar em sua capacidade de filmar uma cinebiografia séria, o cineasta preferiu criar seu próprio personagem, o que talvez tenha rendido um filme bem mais interessante.
7. A Última Noite de Boris Grushenko (Love and Death, 1975, EUA/França)
Ainda entre os primeiros filmes de Allen, este inovou pela forte carga filosófica e dramática, sem assim perder o tom cômico da maioria dos filmes do diretor. Claramente inspirado por um dos maiores ídolos de Woody, o sueco Ingmar Bergman, o longa pode ser visto como um O Sétimo Selo do humor. É com este filme que o cineasta mostra que tem um repertório intelectual bastante extenso e que é capaz de filmes mais profundos do que as comédias de situações que vinha fazendo.
6. Vicky Cristina Barcelona (2008, EUA/Espanha)
Longe da Nova York que tanto idolatra, nesta obra Woody Allen presta uma bela homenagem à Espanha. O sangue latino pulsa forte no filme, que traz os dois personagens mais destemperados já criados pelo cineastas, vividos por Penelope Cruz e Javier Bardem. A relação amor-ódio dos dois cria momentos hilários ao espectador, além de reflexões sobre a verdadeira reação do típico americano em uma relação de amor explosiva. Ainda, as cores da cidade ajudam a dar uma beleza especial ao filme.
5. Match Point (2005, EUA/Inglaterra)
Responsável pelo pela volta do interesse do público ao cinema de Woody Allen, este filme também chama a atenção por ser seu drama mais bem sucedido, dentre os que deixou de lado os esquetes cômicos. Porém, mesmo assim não inova tanto, já que como Crimes e Pecados, conta a história de um crime passional e a dúvida sobre quais serão as consequências dele. Desta vez aliado a um bom roteiro, o cineasta teve a presença de Scarlett Johansson, em uma parceria que inflou a carreira dos dois.
4. Meia-Noite em Paris (Midnight in Paris, 2011, EUA/Espanha)
O último trabalho do diretor traz novamente um roteiro bem definido e maduro, quase que recontando em novo cenário e com novos personagens uma antiga história do cineasta. Desta vez o paralelo pode ser feito com A Rosa Púrpura do Cairo, tendo em vez da magia do cinema, a magia da capital francesa. O filme é, além de tudo, uma declaração de amor à cidade, uma das mais adoradas por Allen, que sempre sonhou em morar em Paris. Os personagens históricos presentes no filme ainda dão um show a parte, tornando a obra muito mais engraçada e leve.
3. Hannah e Suas Irmãs (Hannah and Her Sisters, 1986, EUA)
Impossível assistir a este filme sem notar a identidade do cineasta presente no roteiro, mesmo não sendo uma de suas típicas comédias. O filme trata de um drama familiar envolvendo traições, mas que se resolve de uma forma natural, como apenas Woody Allen parece tratar de problemas como este. Liderado pela ex-mulher do diretor, Mia Farrow, o elenco ajuda a tornar este um filme imperdível, já que ainda conta com nomes como Michael Caine e Max von Sydow.
2. Tudo Pode Dar Certo (Whatever Works, 2009, EUA/França)
A última coisa que se pode pensar quando se está querendo levantar o astral é assistir a um filme sobre um pessimista suicida, a não ser que seja uma obra de Woody Allen. Neste filme, o diretor consegue fazer uma das maiores homenagens à vida já feitas pelo cinema. Para quem assiste ao filme, mesmo estando em um momento ruim, é difícil não pensar que a vida pode mesmo ser boa e que as coisas vão acabar se acertando.
1. Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977, EUA)
Apesar do título esdrúxulo dado no Brasil, o filme é um sensível tratado sobre a separação de um casal que percebe que não é mais possível ficar juntos mesmo após terem dedicado tanto amor um ao outro. O longa foi responsável por mostrar ao mundo um Woody Allen desconhecido, diferente daquele humorista esquisito que fazia comédias de situações. Desta vez, sem fugir de suas piadas nonsense, ele fez um contundente drama sobre relacionamento, que ainda tem como um de seus maiores destaques a presença de Diane Keaton, em seu melhor papel.